26 de setembro de 2020

Toda vez que eu penso em você, eu sinto passar por mim um raio de tristeza


"Everytime I think of you / I get a shoot right through into a bolt of blue"

Uma das músicas que mais mexe comigo surgiu oito anos antes de eu nascer. "Bizarre Love Triangle", da banda inglesa New Order, nunca me enjoa, e tocou na noite do meu aniversário de 2018, no Bar Bukowski

Eu sinto uma onda de energia passando por todo o meu corpo quando já ouço as primeiras batidas. Uma descrição perfeita que encontrei na FAC553:

"A entrada da batida. Diferentes versões de “Bizarre Love Triangle” começam de diferentes maneiras, mas cada uma delas nos lança em um hiperespaço turbo-pop sempre do mesmo jeito: uma sequência esmagadora de batidas que interrompe o brilho sintetizado e explode como o pânico e o excesso de excitação de uma arritmia cardíaca. Antes mesmo dos vocais começarem, seus circuitos internos já sentem a sobrecarga".

Embora o título se traduza "Triângulo Amoroso Bizarro", a música não menciona nenhum relacionamento amoroso, mas sim um misto de sentimentos com relação à uma situação confusa em que o protagonista não consegue resolver sem que a outra pessoa faça algo. 

Toda vez que eu vejo você caindo / eu me ajoelho e rezo”.

O refrão em que todo mundo na festa levanta os braços e canta com todos os pulmões (pelo menos eu sim haha). É uma música tão gostosa e tão sofrida de ouvir, já chorei ouvindo, dancei feliz, dancei bêbada, ouvi lavando a louça, ouvi mais de vinte vezes seguidas.

Por incrível que pareça, eu nunca pensei em ninguém e nem em um triângulo amoroso ao ouvir essa música. Ela me transmite uma nostalgia imensa, como se eu tivesse a ouvido em muitos momentos da minha vida, momentos que não vivi ainda. E ela me faz imaginar um diálogo ou monólogo comigo mesma do passado, presente e futuro. Eu canto essa música para o meu eu que já sofreu tanto, numa tentativa de falar comigo mesma que precisamos lidar com as dores do passado, e que o eu de agora consegue ajudar um pouco a Bruna adolescente.

"Quando eu fico assim, simplesmente não sei o que dizer. Por que não podemos ser nós mesmos como éramos ontem? /

Whenever I get this way, I just don't know what to say. Why can't we be ourselves like we were yesterday?"

É a minha música atemporal, é a música que eu escuto todo ano, principalmente no meu aniversário, quando abre um portal dimensional e é possível me conectar e refletir sobre todas as Brunas que já fui durante a vida.

Versão de aniversário e em HD

Versão fanart de i'm cyborg but that's ok, que eu amo e já falei aqui no blog!

Meu aniversário é daqui a dois dias, e tocarei essa música bem alto aqui em casa! Comemorando o quanto aprendi até agora e que sobrevivi aos surtos da quarentena de 2020, sigo sobrevivendo, e me tornando quem o eu do passado almejava ser.

~

Esse post fez parte do projeto "40 semanas de música". 

01. Uma música que comece com a letra do seu nome: Bizarre Love Triangle

18 de setembro de 2020

Sarau com os amigos antes do mundo acabar


Início de março de 2020, ninguém usava máscaras na rua ainda, o isolamento ainda não tinha sido decretado, e o número de mortes por Covid era de 5 pessoas no Brasil. 

Eu olho para trás e parece que o início desse ano já tem 3 décadas, muita coisa aconteceu e vem acontecendo.

A Bruna do passado de 6 meses atrás, estava em um sarau na casa do Biel, aproveitando um dos últimos roles sem saber.

Eu e meu amor
Conheci pessoas maravilhosas e talentosas que não mantive contato depois
Meus dois amores: Thainazinha e meu namorado
Meus desenhos ficaram pendurados, absorvendo o clima bom
Tinha mais gente que não saiu na foto, mais gente que chegou depois também

Foi uma noite muito boa. Teve Uno, teve bebida, teve baseado, arte, dança, música ao vivo, eu sentada no meio de risadas e canções.


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