17 de dezembro de 2014

Exposições e festas antes que o ano acabe ♥


Nesse fim de ano terei a honra de participar de uma coisa que todo artista ama: exposições  ♥
Então é isso, participarei de 3 (TRÊS) exposições lindas e 2014 fechará com chave de ouro.
Vamos lá!



A primeira exposição ocorrerá no * RIO DE JANEIRO *, nessa quinta e sexta-feira (18-19/12) às 18h até +- 00h, mas eu estarei presente apenas na quinta. Levarei alguns quadros, adesivos, prints e zines ♥
Será uma expo. coletiva, ou seja, muitas outras garotas iradas estarão por lá vendendo e mostrando suas artes *-*
Quem também estará por lá:

Clique AAAAQUI e saiba mais sobre esse evento rodado ♥



Meus adesivos estarão à venda na Mesa das Minas, junto com as outras artistas do coletivo que faço parte, as Virgininhas ♥
Eu não estarei presente fisicamente, pois o evento ocorrerá em * SÃO PAULO *, nos dias 20 e 21/12 das 11h até 17h.

Clique AQUUUUUI para saber mais sobre esse evento cheiroso ♥



O Cine Bazar será no * RIO DE JANEIRO *, no dia 21/12 às 16h! Terá expo e venda dos artistas independentes da Ilha do Gov., além de cinema ao ar livre e bazarzinho ♥
Estarei pessoalmente e venderei quadros de R$ 10 a 20 reais, além de adesivos, zines e prints.

Clique AQUIIIII para saber mais sobre esse evento gostoso ♥


Quadrinhos de Faça-você-mesma (o) #1 - Zine!


Voltando a dar vida ao blog, decidi mudar o layout e recomeçar reciclando meu tutorial de como fazer uma (fan)zine!
Para quem não sabe, zines são publicações independentes (e muitas editoras independentes estão começado a produzir em grande quantidade!) impressas ou não (os e-zines), de fácil distribuição e de baixo custo.
Zines não tem regras, você pode escolher o formato que quiser, o tema de sua escolha e blá blá blá. Mas eu não vim aqui para explicar o que é, e sim dar uma ajuda para quem está interessado em montar sua própria zine.

29 de setembro de 2014

Agora 20 anos!


Essas foram as primeiras fotos que tirei depois de fazer 20 anos ontem (28/09). Confesso que foi uma sensação muito esquisita, o tempo passou muito rápido, ainda me lembro do dia em que contei nos dedos quantos anos faltavam para eu completar duas décadas, tive que usar todos os dedos das mãos e mais alguns dos pés. Não percebi esse tempo voar, e depois dos 15 anos foi só questão de piscar os olhos e BAM, vinte anos.
É muito estranho tomar essa consciência de que o relógio está passando loucamente e nunca para, daqui a alguns anos lerei esse post e sentirei muitas saudades, já estou nostálgica e só faz 1 dia desde o meu aniversário huahahua.
Meus 19 anos foi recheado de novidades: conheci muitas quadrinistas ♥, tive um conto publicado no "Desnamorados", um quadrinho no "Mulheres nos Quadrinhos, o livro", participei de vários zines, entrei em vários grupos, aprendi muita coisa, completei 1 ano com meu namorado ♥, e estou morando praticamente sozinha agora.
Eu ainda tenho muitas coisas para aprender, muito desenho e quadrinhos pra fazer, vencer a minha timidez e minha mania de ser anti-social, dar mais atenção aos meus amigos, ser mais produtiva... Ahhh, enfim, mil coisas! ;p

Ontem foi meu aniversário e ganhei vários desenhos de presente ♥, todos muito lindos, vejam abaixo:

11 de julho de 2014

Livros que li em junho + gatinha intrometida!




Resolvi falar dos livros que li no mês passado, mesmo que ninguém tenha perguntado sobre isso, e fiquei assustada com a quantidade de leitura em junho, gente, 12 livros! Normalmente eu leio muito em períodos de férias (dezembro e janeiro), mas parece que usei bastante o meu tempo livre de modo maravilhoso!
O bom é que estou em um desafio pessoal: só posso comprar livros novos quando terminar a minha estante toda, isso é bastante difícil, pois tenho sérios problemas com relação ao consumismo de livros. Até o momento faltam 120 livros para terminar a estante, é claro que não vou ler tudo loucamente só para conseguir o objetivo, pretendo degustar todas as leituras, então tenho um bom tempo até acabar o último livrinho, aiai .

9 de julho de 2014

Mulheres nos Quadrinhos, o livro!


É com uma imensa honra que eu recebi o convite de sair no livro "Mulheres em Quadrinhos", projeto que finalmente sairá da gaveta, organizado pela Roberta Araujo (dona da melhor página de incentivo do facebook, nome homônimo ao livro).
Serão 24 autoras convidadas (contando comigo!) em um total de 2 volumes.
Primeiro o livro precisa ser financiado pelo catarse (clique aqui!!), e então eu serei publicada, outras moças serão publicadas, e um projeto lindo se realizará!

Você pode contribuir com 10 reais, na verdade, pode contribuir com a quantia que puder! *-*
Com 30 reais já pode garantir o seu exemplar do volume 1, além de vários brindes, e com R$ 60 pode levar para casa os dois volumes!

http://catarse.me/pt/mulheresnosquadrinhos
http://catarse.me/pt/mulheresnosquadrinhos



5 de julho de 2014

Se eu fosse um inseto.


Sua barba igual a negros galhos seria, se eu fosse um insetinho com asas. Eu contornaria seu rosto e morderia seu nariz arrebitado quando você fosse dormir. Talvez eu pudesse tirar uma soneca na covinha de seu queixo, e pular nas dobrinhas que se formam em seus olhos quando está sorrindo de um jeito tão lindo.
Conheceria de cor toda a extensão de sua face e faria de seu ouvido a minha morada.
Entretanto, eu não sou um insetinho (infelizmente!), sou uma pessoa - eu acho, mas isso não tem problema, pois posso me contentar em descobrir o seu rosto todo de novo... todos os dias.

Tema 83: descreva o rosto de alguém que você ama.

http://bruna-morgan.blogspot.com.br/p/642-coisas-sobre-as-quais-escrever.html


6 de junho de 2014

642 coisas sobre as quais escrever + 1º desafio

http://bruna-morgan.blogspot.com.br/p/642-coisas-sobre-as-quais-escrever.html

O projeto 642 coisas sobre as quais escrever foi criado no intuito de juntar escritores para combater o bloqueio usando uma porção de desafios. Qualquer pessoa pode participar! Clique > aqui < para ver todos os desafios.

O meu primeiro desafio foi: Descreva a sua aparência física (na terceira pessoa), como se você fosse uma personagem de livro. 
Vamos lá!





Hora de dormir

Embora ela não possuísse olheiras, Bruna sentia grandes bolsas pesadas debaixo de seus olhos. Já passara da meia-noite e o sono não dava sinais de que apareceria tão cedo. Bruna sentia o cansaço em cada parte de seu corpo, mas não conseguia dormir quando tentava se deitar na cama.
Ela caminhou até o banheiro e se olhou no espelho, seus cabelos agora misturavam-se em tons loiros e castanho acobreado, seus lábios carnudos estavam ressecados por causa do frio que assombrava a casa. Ela vestia uma calça indiana dourada que ganhara de sua avó, e uma camiseta cor de vinho, que ela pegou no armário sem olhar.
Bruna lavou o rosto, decidiu então que precisava relaxar, aquela ansiedade sem motivos já atormentava há dias. Preparou um banho e um achocolatado quente, e escolheu suas roupas mais confortáveis: uma calça e um casaco de moletom.
Deitou-se e conseguiu cochilar por vinte minutos, já que sua gata de estimação subiu na cama miando loucamente pedindo comida. Levantou, colocou a ração na vasilha, correu para o quarto antes que o sono fosse embora outra vez, trancou a porta e se jogou na cama.
Meia hora depois Bruna acordou assustada: um trovão mergulhou muito próximo de sua casa e despertou toda a vizinhança. Em seguida, uma chuva forte desabou e a garota voltou a - tentar - dormir.
Saiu da cama quando já não aguentava o barulho da chuva batendo nas telha da casa ao lado, era um som infernal. Foi para a sala e ligou a televisão, esperou a chuva diminuir.
Acordou com o choro do bebê da casa ao lado e percebeu que havia dormindo no sofá.
Voltou sonolenta para o quarto e viu sua gata deitada de barriga para cima bem no meio do colchão. Bruna ficou com pena de retirar aquela bolinha de pelos que dormia tão bem, e acabou deitando - no canto que restou - da cama, toda torta tentando não acordar a gatinha.
Depois de um tempinho despertou cheia de dores pelo corpo, e agradeceu com felicidade quando viu a cama vazia. Esticou-se toda e caiu no sono.
Acordou com o barulho de uma pipa carregada pelo vento batendo em sua janela.
Acordou com um caminhão transportando botijões de gás.
Acordou com um alarme de carro.
Acordou com uma gargalhada no meio da madrugada.
Acordou com barulhos estranhos pela casa.
Por fim, seus olhos já estavam inchados e vermelhos quando o despertador começou a tocar: o dia começou e já chegara as sete horas.
Bruna jogou um travesseiro no pobre relógio que logo parou de apitar, aconchegou-se na cama e adormeceu deliciosamente.
Lá fora, o sol já queimava, e um vizinho procurava seu martelo para pregar uma porção de coisas, seria um longo dia de trabalho.



* o personagem do martelo existe.

29 de abril de 2014

Minha Garota

Mandei esse texto para o Desnamorados!


Ela debruçava-se sobre a pia tentando tirar a cor azul do cabelo.
Seria mais fácil se tirasse a tinta no chuveiro, mas o velho aparelho estava quebrado e era preciso comprar outro imediatamente.
Agia como se eu não estivesse ali sentado na poltrona velha e surrada segurando uma garrafa de soda de laranja. Como se eu fosse mais um de seus móveis antiquados, e isso me irritava.
Franz Ferdinand cantava em nosso apartamento através de um disco velho. Faltava pouco para a vizinha reclamar que a música estava muito alta, embora a mesma não atravessasse a porta. A velha com certeza usava um copo de vidro para ouvir os sons que vinham do nosso apartamento apenas para nos encher a paciência. Era sábado de manhã e eu só queria descansar, apenas queria estar na praia, mas a minha garota havia cismado em pintar o cabelo logo naquela manhã, e a única coisa que eu podia fazer era esperar.

Eu continuei naquela poltrona encaroçada, com minha garrafa quase no fim e com meu estômago doendo, só para vê-la andando de um lado para o outro feliz com sua nova cor de cabelo, como se fosse a coisa mais legal do mundo, perguntando se ficou bonita. E eu responderia que sim, que é a mulher mais bonita do mundo, mesmo sendo louca e tendo o cabelo pintado de verde.

4 de abril de 2014

3 dias em Cabo Frio com Raphael

  

Demoramos mais de 3h de ônibus até o nosso destino. Vi muitas montanhas e muuuuuitos cavalos, vi casas solitárias no alto dos morros e me lembrei do sonho que tinha quando era criança: queria morar sozinha no alto de uma montanha. Fiquei pensando se as pessoas eram felizes ou não, mas as casas pareciam meio abandonadas.
Chegamos no domingo quase de noite no bairro do Peró (olha isso, descobri que é uma palavra de idioma indígena e que significa "desalmados", lugar batizado assim por culpa dos portugueses sanguinários). Ficamos num ótimo hotel (só tenho elogios, além de ter pego um bom desconto no groupon ♥) de frente para a praia que tem 7 km de extensão (apenas 1 km urbanizado de quiosques e hotéis) e água cristalina. Passamos 3 dias e fazíamos questão de acordar cedo para andar quaaase  toda aquela areia.
O bairro é bem vazio quando não é temporada (eu não gosto de lugares lotados mesmo!), o comércio quase não abria e raramente se via umas 20 pessoas na rua.
Como não sabíamos que era necessário ir ao Centro de Cabo Frio (o que não é muito perto), pegar um ônibus para outro bairro apenas para andar de barco ou fazer mergulho, acabamos passando os dias inteiros na piscina, na praia e vasculhando o lugar, mas sem arrependimentos, isso só incentivou a voltar outra vez.
Conhecemos umas pessoas malucas e rimos muito, foi divertido pra caramba e risco da lista a minha primeira viagem.
Uma cadelinha que nomeamos de Mailou (antes de saber que era fêmea) nos seguiu por dois dias seguidos! Ela parece viver na praia e ser cuidada pelos moradores, pois estava bem tratada e conhecia todo mundo que passava. Raphael queria muito levá-la para casa e até deixou (eu insisti bastante) a pulseira favorita com ela (no outro dia ele encontrou o item na areia, mas a cachorrinha pegou de volta e escondeu).
Estava louca para desenhar e fotografar tudo que via, porém ou gravava tudo, ou aproveitava! Escolhi a segunda opção.
Aproveitei e aprendi a nadar (em piscina, preciso praticar no mar)! Finalmente! 

30 de março de 2014

Eu não mereço ser estuprada.


Não é o meu comportamento que é vulgar, a sua atitude que é criminosa.

Como vocês devem ter acompanhado as pesquisas, uma delas apontou que 65% dos entrevistados concordaram que a mulher que usa roupa que mostra o corpo merece ser atacada. Foram entrevistados homens e mulheres, que isso fique bem claro.

Vou tentar explicar em palavras fáceis e sem termos que possam correr o risco de serem mal interpretados.

Olha, aquela apresentadora da televisão semideusa não merece ser estuprada. Aquela moça que passa todos os dias na frente da sua casa, rebolando e com uma saia bem curta também não merece ser estuprada. Sabe a menina que você tem certeza que usa legging para provocar? Ela também não merece. Um detalhe, ela provavelmente usa a roupa porque quer, não porque os homens influenciam tanto assim a escolha da roupa das mulheres. Há homens com o ego tão grande, que tem certeza que nos vestimos, falamos e nos comportamos focando em como eles vão se sentir, gostar ou não das nossas atitudes.

E digo mais, sendo você mulher ou homem, de qualquer religião, de qualquer lugar do mundo ou classe social: suas irmãs, suas mães, suas filhas e suas amigas (até as suas inimigas) não merecem um estupro. E eu vou dizer o motivo: porque quando você é estuprada, além de lidar com a dor física e emocional, você tem que lidar com a sociedade. Tem que lidar com a polícia que duvida de você, com sua família querendo abafar o caso, com as pessoas que questionam a sua vestimenta e com a vergonha que te acompanha. ALÉM, é claro, da lembrança de um homem impondo a força do seu corpo e te agredindo da pior forma possível.

Não é surpresa o resultado dessa pesquisa, digo isso com um gosto amargo na boca e digito com um leve tremor. Não surpreende porque estupros acontecem todos os dias. Com meninos e meninas. Com mulheres e homens. Mas sempre com os mais vulneráveis. E é nessa vulnerabilidade que as pessoas se apegam, lembrando sempre que se ela existe e que poderia ter sido evitada. Mas sabe aquele pênis que foi enfiado à força em alguém? Não foi a roupa, não foi a situação e muito menos a menina pedindo: foi o cara que o botou pra fora e se forçou dentro de um ser humano. Um ser humano com nome, endereço, desejos, uma história que fica marcada para sempre com esse episódio e com o livre arbítrio de usar a roupa que quiser.

Estupro não é sexo, gente.

Do outro lado do mundo as mulheres de burca são estupradas, sabia? A desculpa pelos lados de lá é que elas usam rímel, o que provoca a explosão hormonal masculina. E sabe a diferença do rímel saudita pras saias e shorts curtos da brasileira? Nenhuma, além da responsabilidade ser sempre de quem? Da mulher, é claro.
Se ainda não ficou claro, deixo aqui uma terrível verdade: crianças são estupradas e molestadas diariamente. E não é porque exibem perninhas irresistíveis ou estão desacompanhadas. É porque o protagonista de uma agressão sexual é sempre o agressor.

Não é por instinto que acontecem os estupros. Crimes sexuais são cometidos porque alguém perdeu o bom senso e não sabe viver em sociedade - e esse alguém não é a vítima, só para deixar claro.

Não concorda? Pois saiba que a vítima podia ser alguém que você ama. A vítima pode ser você. A vítima pode estar de mini-saia. A vítima pode estar de burca. Só não deixe para tomar uma atitude quando acontecer muito próximo ao seu círculo social. Vamos acabar com essa bobagem e vamos enxergar as coisas como elas são: quem estupra é o culpado. E acontece tanto, que você com certeza conhece muitas pessoas que sofreram esse tipo de violência e convivem com isso em silêncio, graças à cultura do estupro que existe.

Eu tenho muito mais direito em usar uma saia curta do que um homem me estuprar e usar esse meu direito como desculpa. Você também.

(escrito por Ju Umbelino)

26 de março de 2014

Algumas fotos um pouco antigas!


Mudei o theme (finalmente!) depois de dois anos usando o antigo! Agora eu sinto até um alívio, posso continuar o ano sem um pesinho nas costas ^^.
Após fazer essa mudança, eu andei vasculhando pelo meu flickr e encontrei algumas fotos um pouco velhas, mas que são as minhas preferidas ♥ e resolvi compartilhar por aqui:






19 de março de 2014

A Ventríloca


Pode parecer loucura, mas muitas das vezes as imagens que aparecem em minha cabeça não tem muito sentido no início, eu aprendi que meu subconsciente quer se expressar, e que ainda não me conectei inteiramente com o meu eu interior (ok, quanta loucura! rs). Deixa isso para lá, o caso é que eu costumo pegar no pincel e  em muitos momentos não penso no que estou pintando, deixo a mão guiar.
Foi o que aconteceu com essa pintura, na qual nomeei de "A Ventríloca", pois nunca em meu núcleo de convívio a questão sobre o peso foi tão falada como agora, em casa minha mãe e minha irmã reclamam dos quilos extras, algumas amigas têm como meta emagrecer para se sentirem bonitas, muitas blogueiras que vi por aí também fazendo o 101 coisas em 1001 dias colocam que precisam emagrecer (inclusive algumas queriam pesar 45 quilos! muito abaixo de seus pesos saudáveis), e até eu mesma que não gosto de seguir o padrão de beleza, acabei sendo influenciada e me flagrei descontente olhando para o espelho desejando não ter ganhado uns quilinhos a mais, também já não me sinto muito à vontade usando uma camisa mais fresca que mostra o umbigo, e já fiquei meio envergonhada usando biquíni.
Esse descontentamento todo não surgiu assim do nada, somos sempre bombardeadas de propagandas mostrando como é bom ser magra e estar com o "corpo ideal" para a praia.
Também tenho amigas magérrimas que tentam emagrecer mais ainda, e o número de meninas que não se sentem bem em seu próprio corpo é alarmante.
É anti-ético nos fazerem de "ventrílocas" e fazer com que reproduzamos a ideia de que desejamos estar nos padrões milionários da moda.
Não precisamos continuar sentindo desgosto com nosso corpo apenas porque as empresas querem ditar quanto devemos pesar!

13 de março de 2014

101 coisas em 1001 dias!



Eu sou o tipo de pessoa que precisa anotar as coisas para poder lembrar e cumprir, não adianta eu falar que vou fazer, pois me esqueço facilmente e necessito sempre de um bloquinho ou do celular à mão para poder anotar os afazeres. Então resolvi participar do projeto "101 coisas em 1001 dias" e botar meus planos em ação! Deem uma olhadinha ^^

Início do projeto: 10 de março de 2014
Término do projeto: 05 de dezembro de 2016

6 de março de 2014

Os mortos não precisam de internet.


Rosana subiu até o alto do morrinho e olhou todas aquelas luzes lá de baixo. O cemitério era o único lugar que conseguia acalmá-la. Os postes de iluminação não contornavam todo o local, na verdade só iluminavam o portão principal e o escritoriozinho do cemitério, talvez não quisessem que ninguém fosse visitar os falecidos à noite, talvez as pessoas não gostassem de andar no escuro e no silêncio, diferente de Rosana, que ouvia seus próprios batimentos cardíacos quando o vento parava de cantar. Ela fechava os olhos e depois os abria, de novo aquelas luzes da cidade apareciam como pontinhos brilhantes - vaga-lumes vermelhos, amarelos, azuis. Lá em cima nem o cheiro das pessoas vivas conseguia alcançá-la, o vento não trazia nenhum odor, o vento era só uma rajada de vozes cantando e desembaraçando o cabelo da garota. Os mortos também não exalavam cheiro algum, o único perfume lá do morro vinha da grama e das flores. O cemitério é um grande jardim humano, pensou Rosana, ela sentia vontade de arrumar cada espaçozinho daquele lugar meio abandonado, reconstruir todas as lápides quebradas, plantar mais árvores, alimentar os gatinhos que ali moravam, entretanto o que ela poderia fazer para os mortos? eram pessoas que já não respiravam e não contemplariam o lugar aonde passaram a morar, tampouco suas famílias os visitavam.
Rosana não acreditava que algum dia eles se levantariam, é... tudo aquilo estava à merce do tempo, algum dia os ossos já não existirão, nem a imponente mata do cemitério vive para sempre. A garota foi andando ladeira abaixo e avistou uma enorme árvore sem folhas, Rosana correu até ela e com um estilete, que guardava no bolso da jaqueta, fez um coração no tronco. Imaginou que na primavera muitos pássaros construiriam ninhos em seus galhos verdes, ela mesma queria ser enterrada ali quando morresse (tomara que a árvore dure bastante tempo, pensou). Gostou da ideia de dormir para sempre nos braços da árvore.

25 de janeiro de 2014

Um ponto ínfimo no universo.

Minha mãe disse que sentia-se como uma bolha minúscula vagando pelo universo, uma bolha insignificante e sem rumo, uma ínfima bolha perdida prestes a estourar e a desaparecer - e sem ninguém dar-se conta disso.
Seus olhos brilhavam úmidos, exatamente como uma bolha de sabão, e fitavam a parede branca da nossa sala de estar, a sua mente não estava ali, sua presença era apenas uma casca triste e cansada, boca crispada e dedos imóveis repousavam sobre o caderno de finanças.
Eu sempre soube que mamãe sentia-se dessa maneira, principalmente quando ela chegava em casa e deitava na cama bagunçada e dormia por horas a fio.
Minha mãe sabe que eu me sinto da mesma maneira. Nós duas somos um par de bolhas coladas uma a outra, pequenas e ridículas. Se ela estourar, eu também deixo de existir.


(foi com esse texto escrito em junho de 2013, que deu-me inspiração para colocar o nome da minha página "Universo em bolha de tinta")

9 de janeiro de 2014

Desejo


Queria anular a minha existência
Pintar o rosto todo
e ficar irreconhecível.
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