29 de março de 2017

Nada mais seguro que o som de você lendo alto para mim.

Milk and Honey é o primeiro livro de poesias da escritora de origem indiana, Rupi Kaur, publicado de modo independente em 2015, e que alcançou a lista dos mais vendidos da The New York Times no ano seguinte.

O livro é repleto de poesia e prosa sobre violência, abuso, amor, perda e empoderamento feminino. Além de possuir ilustrações delicadas e simples, que complementam os poemas.
Eu amei a forma poética que Rupi trata dos temas abordados, mostrando seus sentimentos, pensamentos e vivências sem rodeios.
Milk and Honey é dividido em quatro partes: a dor, o amor, a ruptura e a cura.
No Brasil, o livro foi lançado com o título "Outros Jeitos de Usar A Boca", pela tradutora Ana Guadalupe.
[a forma como fala de si mesma | a forma como se degrada | até a inferioridade | é abuso - auto-mutilação]

[toda vez que você | diz à sua filha | que grita com ela | por amor | você a ensina a confundir | raiva com bondade | o que parece uma boa ideia | até ela crescer e | confiar em homens que a machucam | porque eles se parecem muito | com você - para pais que tem filhas]
[nossas costas | contam histórias | que a lombada | de nenhum livro | pode carregar - mulheres de cor]
[você precisa de mim | ou você precisa de alguém? | há uma diferença]
[há dias | em que eu me sinto infértil | como se mais nenhum poema surgisse | como se todas as palavras do mundo que haviam | de ser tecidas por mim | já foram tecidas | e eu sou incapaz | de criar nada]
[quero pedir desculpas à todas as mulheres | que descrevi como bonitas | antes de dizer inteligentes ou corajosas | fico triste por ter falado como se | algo tão simples como aquilo que nasceu com você | fosse seu maior orgulho quando seu | espírito já despedaçou montanhas | de agora em diante vou dizer coisas como | você é forte ou você é incrível | não porque eu não te ache bonita | mas porque você é muito mais do que isso]

[nada mais seguro | que o som de você | lendo alto para mim - o encontro perfeito]

[sua arte | não é sobre quantas pessoas | apreciam seu trabalho | sua arte | é sobre | se o seu coração gosta da sua arte | se a sua alma gosta da sua arte | é sobre o quão honesta | você é consigo mesma | e você | nunca deve | comercializar a sua honestidade]


Rupi Kaur

Escritora de origem indiana, Rupi se mudou com os pais para o Canadá aos quatro anos de idade, e vem mostrando sua literatura e sua arte através das redes sociais.
Ela desenha e escreve desde pequena, por influência de sua mãe, porém ela mesma disse: “A carreira de escritora não era aceitável para os meus pais”, agora com 24 anos, Rupi está escrevendo seu segundo livro ❤.
Eu a conheci em 2015, mas não por causa de seus poemas, e sim pela foto "polêmica" e artística que ela tirou com sua irmã, Prabh Kaur, onde aparecia um vazamento menstrual na calça. A mesma foto foi censurada pelo Instagram, abrindo caminho para a discussão sobre a rede social permitir fotos de menores de idade objetificados e sexualizados, e censurar um pequeno vazamento menstrual.


Fotografia: Hannah Marie

19 de março de 2017

Como as pétalas de um dente-de-leão sopradas ao vento.


Muitas vezes eu me sinto presa no tempo, como se não fizesse parte dessa realidade, aquela sensação de não pertencer à lugar nenhum. E não consigo aproveitar os momentos com as pessoas que gosto. Eu preciso segurar algum detalhe na cabeça, escrever sobre como foi o dia, só assim sinto que aconteceu. As pessoas percebem, e eu tenho que me esforçar para participar.

Eu sentia o concreto da mesa de praça nos meus dedos, aquela mesa pintada com quadradinhos pretos e brancos, para os velhos jogarem dama ou xadrez. Mas não tinha nenhum velho àquela noite, apenas jovens bebendo e rindo. Eu batucava os dedos e esfregava as minhas unhas no concreto da mesa, mas não sentia que era real. Meus amigos notaram e perguntaram porquê eu estava tão quieta. Eu precisava sair de dentro da minha cabeça. Como eles conseguem tão naturalmente apenas estar ali de corpo e mente? Por que eu não consigo?
Eu levantei e fui com meu amigo até dentro do bar, descobrir que música estava tocando. Era Cólera. Eu conhecia a banda, mas não conseguia distinguir do outro lado da praça. A sensação de estar ali se tornou mais palpável.
Sinto-me triste por precisar, de alguma forma, provar a mim mesma que pertenço ao presente. É estranho, mas a realidade parece uma névoa para mim. Será que algum dia sentirei o peso da gravidade, e poderei rir naturalmente com meus amigos, sem a sensação de que de repente sumirei como as pétalas de um dente-de-leão sopradas ao vento?


Ilustração: Elliana Esquivel

16 de março de 2017

Alguém que toque o meu eu mais profundo.


Quando eu tinha 17 anos, conheci alguém que me marcou muito, mesmo sem nunca ter visto pessoalmente. Trocávamos longos e pequenos e-mails e sms's o dia inteiro, todos os dias.
Gostávamos dos mesmos livros, das mesmas músicas, mesmos filmes, mesmos animes, mesmos assuntos, trocávamos conhecimentos e novas coisas todos os dias. Assistíamos aos mesmos curtas-metragens, eu aqui e ele lá.
Era como se essa pessoa tivesse um manual sobre mim, e soubesse direitinho do que eu gostava, do que tocaria a minha alma. Tínhamos codinomes que ninguém entenderia as referências.
Uma vez, recebi do correio um box de livros da Virginia Woolf, e em troca enviei meu livro favorito "A Menina do Fim da Rua", de Laird Koenig, com uma dedicatória desengonçada escrita com caneta preta. Eu nunca mais vi outro exemplar com a mesma capa, e enviei o livro como se estivesse enviando um pedaço de mim.

A cada conversa, eu sentia minha alma sendo alimentada com cultura, e em troca também indicava um filme ou livro que havia me cativado. Quando essa pessoa saiu da minha vida, me doeu muito, e acabei excluindo os mais de dez mil e-mails, todos guardados antes em uma pasta. Depois nunca mais conheci alguém desse jeito.

As pessoas que mais me atraem são aquelas que, como eu, passam a madrugada conversando sobre filmes existenciais numa praça, que não prestam a atenção ao percurso do ônibus, pois estão mergulhadas em sua leitura, que olham para o céu no fim da tarde e sente uma paz invadindo o peito.

É difícil encontrar pessoas assim, pois elas não vem com uma placa de identificação. Eu espero encontrá-las outra vez, não para relacionamento amoroso, e sim como amizade verdadeira. Quero conhecer alguém que entende o mar denso que há em mim, como a pessoa que apareceu e sumiu anos atrás. Alguém que goste do que escrevo e desenho, e que vê um pedacinho de mim nos livros e filmes que eu gosto.

15 de março de 2017

Sobre o prazer de estar sozinha.

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Eu amo minha família, amo meus amigos e amo conhecer pessoas novas. Sobretudo, amo mais ainda ficar sozinha.
É gratificante aprender a conviver comigo mesma, sem necessitar da presença de outras pessoas o tempo todo. Estar sozinha é diferente de estar solitária. O segundo é quando não há ninguém com que possa contar. O primeiro é ter várias pessoas amadas, mas poder apreciar os momentos em que apenas a sua presença lhe faz bem.

Eu gosto de poder mergulhar em um livro no silêncio de um parque ou no silêncio do meu quarto, gosto de andar na orla da praia quando não há muitas pessoas em volta, gosto de assistir a filmes sozinha no meu notebook ou em um cinema de rua, gosto de visitar livrarias e bibliotecas, e ficar sentada nas poltronas lendo a tarde inteira, gosto de beber café sozinha, enquanto vejo o céu da tarde se tornando um rosa-alaranjado, gosto de ficar deitada no escuro imaginando mil coisas, gosto de ficar sem falar com ninguém por dias, e sem sair de casa por dias. Gosto de me distanciar numa festa e olhar a lua longe de todo mundo. Gosto de comprar um doce na rua à caminho de casa, e ficar sozinha no banco do ônibus. Gosto de beber vinho na minha taça de vidro numa terça-feira e me sentir aqueles adultos de filme, que bebericam dois goles enquanto escrevem algo importante no notebook. Gosto de viajar sozinha e conhecer novos lugares sozinha. Gosto de me perder e encontrar o caminho sozinha, usando minhas habilidades de localização. Gosto da intimidade quando ando na rua, vejo um gatinho, falo com ele usando uma voz engraçada e recebo um miado em troca. Eu gosto de estar sozinha, depois de apreciar a presença das pessoas que amo. E gosto de conhecer a mim mesma quando não há ninguém por perto.


12 de março de 2017

Me derreter quando você sorrir e me acabar por completo quando você gargalhar.


Esse título foi retirado de "Crave", peça escrita pela dramaturga inglesa Sarah Kane. Eu anotei o nome dessa obra - e consegui encontrar um exemplar anos depois - após assistir o que viria a ser um dos meus curtas-metragens favoritos, baseado em um trecho de "Crave", Reflections of a Skyline.

Ambos mexem muito com a minha alma, talvez se alguém me pedisse para listar obras que estão guardadas em meu coração, esse curta e a peça certamente seriam mencionadas.


O curta-metragem está disponível aquiii, legendado e em HD.
Abaixo o trecho sem cortes de Crave:

E quero brincar de esconde-esconde e dar minhas roupas para você e dizer que eu gosto dos seus sapatos e sentar nos degraus enquanto você toma banho e massagear seu pescoço e beijar seus pés e segurar a sua mão e sair para jantar e não me importar quando você comer minha comida e encontrar você no Rudy e falar sobre o dia e digitar suas cartas e carregar suas caixas e rir da sua paranoia e te dar fitas que você não vai ouvir e assistir a belos filmes e assistir a filmes horríveis e reclamar do rádio e tirar fotos de você quando você estiver dormindo e levantar para te levar o café e pãezinhos e geleia e ir ao Florent e tomar café à meia-noite e deixar você roubar meus cigarros e nunca achar os fósforos e contar pra você sobre o programa de TV que eu vi na noite passada e te levar ao oculista e não rir das suas piadas e querer você de manhã mas deixar você dormir mais um pouco e beijar suas costas e acariciar sua pele e dizer quanto eu amo seu cabelo seus olhos seus lábios seu pescoço seus peitos sua bunda sua  e sentar nos degraus e fumar até seu vizinho chegar em casa e sentar nos degraus e fumar até você chegar em casa e me preocupar quando você estiver atrasada e me surpreender quando você chegar mais cedo e te dar girassóis e ir à sua festa e dançar até não poder mais e me desculpar quando eu estiver errado e ficar feliz quando você me perdoar e olhar suas fotos e querer ter te conhecido desde que você nasceu e ouvir sua voz no meu ouvido e sentir sua pele na minha pele e ficar assustado quando você estiver zangada e um de seus olhos ficar vermelho e o outro azul e seu cabelo cair para a esquerda e seu rosto parecer oriental e dizer para você que você é linda e te abraçar quando você estiver ansiosa e segurar você quando você se machucar e querer você toda vez que eu te cheirar e te ofender quando te tocar e choramingar quando estiver do seu lado e choramingar quando não estiver e babar nos seus seios e cobrir você de noite e sentir frio quando você tirar meu cobertor e calor quando você não tirar e me derreter quando você sorrir e me acabar por completo quando você gargalhar e não entender por que você acha que estou te rejeitando quando eu não estou te rejeitando e pensar como você pôde achar que alguma vez te rejeitei e pensar em quem você é e te aceitar de qualquer jeito e te falar sobre o garoto da floresta encantada que atravessou o oceano porque te amava e escrever poemas para você e pensar por que você não acredita em mim e sentir tão profundamente que eu não ache palavras pra expressar esse sentimento e querer te comprar um gatinho do qual eu teria ciúmes porque ele teria mais atenção do que eu e deixar você ficar na cama quando você tiver que ir e chorar como um bebê quando você finalmente for e me livrar das pontas e te comprar presentes que você não queira e levá-los de volta e pedir para você casar comigo e ouvir você dizer não mais uma vez mas continuar pedindo porque apesar de você achar que eu não estava falando sério eu sempre falei sério desde a primeira vez que te pedi em casamento e vagar pela cidade achando que ela está vazia sem você e querer o que você quer e achar que estou me perdendo mas saber que estou seguro quando estou com você e te contar o que eu tenho de pior e tentar te dar o que eu tenho de melhor porque você não merece nada menos do que isso e responder suas perguntas quando eu preferir não responder e dizer a você a verdade mesmo quando eu realmente não queira e tentar ser honesto porque eu sei que você prefere assim e achar que está tudo acabado mas aguentar por mais dez minutos antes de você me jogar fora de sua vida e esquecer quem eu sou e tentar ficar mais próximo de você porque é lindo aprender a te conhecer e vale a pena o esforço e falar mal alemão com você e falar hebraico pior ainda e fazer amor com você às três da manhã e de alguma forma de alguma forma de alguma forma expressar um pouco deste esmagador embaraçoso interminável excessivo insuportável incondicional envolvente enriquecedor-de-coração ampliador-de-mente progressivo infindável amor que eu sinto por você.


Sarah Kane nasceu em fevereiro de 1971, em Essex, Inglaterra. Ela queria ser atriz, mas seu coração bateu mais forte pela escrita. Sarah escreveu cinco peças e um roteiro cinematográfico.

Antes que pudesse ver encenada sua última obra, 4.48 Psicose (04:48 seria o horário em que a maioria dos suicídios ocorrem), Sarah não aguentou as crises de depressão e teve uma overdose de remédios para dormir, foi encontrada e levada para o hospital, porém dois dias depois ela se enforcou, em vinte de fevereiro de 1999. Sarah teria 46 anos agora.
Ela foi considerada a maior dramaturga inglesa do final do século XX, e infelizmente não pôde ver o sucesso que suas peças tiveram ao redor do mundo.

10 de março de 2017

8 Filmes sobre artistas mulheres para assistir (parte II).

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No início da semana, eu e minha irmã decidimos fazer uma maratona de filmes sobre artistas mulheres, em homenagem ao dia das mulheres. A lista contém 16 filmes, então dividimos em duas partes. Essa é a segunda. A primeira você pode ver aqui.


1. Janis: Little Girl Blue (2015)
Janis: Little Girl Blue é narrado pela cantora Cat Power. A produção ainda vai contar com entrevistas de Janis Joplin, amigos e familiares da artista. Além disso, filmagens da cantora entre os anos de 1967 e 1970 também aparecem no documentário.


2. Marina Abramovic – Artista Presente (2012)
Marina Abramovic é uma das influências mais decisivas na arte da performance. Nelas, a artista testa os limites de sua própria resistência física e mental. Em 2010, o MoMA de Nova Iorque, organizou uma grande retrospectiva da sua obra. Para a ocasião, Marina, não só remontou obras passadas, como criou uma nova performance pela qual interagiu intensamente com o público durante todo o período da mostra. O doc mostra a criação e o período desta exposição, alem de entrevistas com curadores, colecionadores e artistas.


3. Momentos Eternos de Maria Larssons (2008)
Na Suécia do início do século 20, numa era de mudança social e pobreza, a jovem operária Maria Larssons ganha uma câmera fotográfica na loteria. A lente da câmera permite a Maria ver um mundo diferente, sob uma nova perspectiva. É como se ela tivessa ganhado novos olhos. Mas o objeto também se torna uma verdadeira ameaça para ela, uma vez que o alcoólatra, mulherengo e abusivo marido sente-se enciumado.
Ela foi a primeira fotógrafa profissional da Suécia.


4. Miss Potter (2006)
Beatrix Potter (Renée Zellweger) foi um verdadeiro fenônemo da literatura no início do século XX. Ela criou uma série de livros e personagens infantis que são amados até os dias atuais, além de serem adaptados para outras mídias. Mas, apesar do sucesso de seu trabalho, ela sempre manteve sua vida pessoal em segredo.


5. Amy (2015)
Quatro anos após uma morte prematura, a cantora britânica Amy Winehouse ganha um documentário completo revisitando os momentos mais marcantes de sua carreira.


6 Violeta Foi para o Céu (2011)
Intratável, terna, boêmia, áspera, contundente, frágil e indomável. Violeta Parra foi uma das artistas mais emblemáticas do Chile - e ainda assim, profundamente ignorada por décadas de uma cultura controlada pela ditadura de Pinochet. A partir do livro escrito pelo filho de Violeta, Ángel Parra, a vida, a obra, a memória, os amores e as esperanças dessa cantora, compositora, poeta e pintora que é um dos maiores ícones da arte popular latino-americana.


7. Artemisia (1997)
Artemisia Gentileschi (1593-1653) foi uma das primeiras pintoras conhecidas. O filme conta a história de sua juventude, enquanto ela era guiada e protegida por seu pai, o pintor Orazio Gentileschi. Sua curiosidade profissional sobre a anatomia masculina, proibida para seus olhos, levam-na ao conhecimento do prazer sexual. Mas ela também foi bem conhecida porque, em 1612, ela teve que se apresentar à corte, devido à suspeita de estupro cometida por Agostino Tassi, seu professor.


8. Vida e Arte de Georgia O'Keeffe (2009)
Os quadros deslumbrantes de Georgia O'Keeffe são apresentados ao longo do romance de Georgia com o carismático fotógrafo Alfred Stieglitz, mas seu colapso emocional começa ao perceber que Alfred era infiel, durante sua autodescoberta em Taos, Novo México. Georgia O'Keeffe é um filme imperdível, um drama cativante tanto para os fãs do trabalho da artista quanto para quem ainda não a conhece. Ela pintou flores e paisagens como ninguém.

p.s.: (arte por Gloria Park)

9 de março de 2017

Desculpe por sumir, mas não é bom que eu sinta a sua falta.


Quando eu me dei conta de que estava sentindo a sua falta, e que a vontade de te ver só crescia mais e mais, um medo bateu em meu peito, de forma que só pude pensar em fugir.
Se eu desapareço por dias, não é por mal, é que eu preciso de um tempo para tirar você de mim, e então te encontrar novamente com o coração restaurado. Parece idiotice, mas se eu não fizer isso, estarei perdida. Começar a gostar de quem não gosta de mim, não posso deixar isso acontecer.
Desculpe por sumir, mas não é bom que eu sinta a sua falta. Espero que entenda.

8 de março de 2017

8 Filmes sobre artistas mulheres para assistir (parte I).


No início da semana, eu e minha irmã decidimos fazer uma maratona de filmes sobre artistas mulheres, em homenagem ao dia das mulheres. A lista contém 16 filmes, então dividimos em duas partes. Essa é a primeira.
Até o final da semana, creio que já tenhamos assistido todos, e espero que essa lista seja de bom proveito para quem se interessar.
Esse ano, eu resolvi não fazer textão sobre esse dia, e nem desenhar sobre. Não vou reclamar sobre o que já reclamo sempre. Resolvi fazer diferente e dar de "presente" essa lista para as mulheres que conheço ❤.


1. What Happened, Miss Simone? (2015)
Um documentário que conta a história da pianista, cantora e ativista Nina Simone, com gravações inéditas, imagens raras, cartas e entrevistas de pessoas próximas. Retrata uma das artistas mais incompreendidas de todos os tempos.


2. Camille Claudel, 1915 (2013) - primeira imagem.
Camille Claudel (1988) - segunda imagem.
O filme é baseado na história verídica da escultora Camille Claudel, que foi levada em um hospício através de seu irmão, passando seus últimos trinta anos sem nunca mais poder seguir a sua arte novamente.
Em 1885, a jovem escultora Camille Claudel entra em conflito com sua família burguesa ao tornar-se aprendiz e, depois, assistente do famoso Auguste Rodin. Depois de quinze anos de tortuoso relacionamento com Rodin, Camille rompe o romance e mergulha cada vez mais na solidão e na loucura. Por iniciativa de seu irmão mais novo, o escritor Paul Claudel, é internada em 1912 num manicômio.


3. Marie Krøyer (2012)
A pintora Marie Kroyer vive um casamento infeliz com o famoso pintor dinamarquês P.S. Kroyer, no final do século XIX. Ela divide-se entre as funções de artista, mãe e esposa, e ainda é obrigada a conviver com uma doença mental do marido. Com o tempo, ela se sente cada vez mais sozinha e angustiada. Decide, então, fugir da rotina e sair de férias.


4. Frida (2002)
Foi um dos principais nomes da história artística do México. Conceituada e aclamada como pintora, ela teve também um casamento aberto com o pintor Diego Rivera, e ainda um controverso caso com o político Leon Trostky e com várias outras mulheres.


5. Patti Smith: Sonho de Vida (2008)
O documentário retrata a vida da poetisa, cantora e musicista norte-americana Patti Smith. Conhecida como "poetisa do punk", ela trouxe um lado feminista e intelectual à música punk e tornou-se uma das mulheres mais influentes do rock and roll.


6. Grandes Olhos (2014)
É centrado no despertar de Margaret como artista, o sucesso fenomenal de suas pinturas e sua relação tumultuada com o marido, que foi catapultado à fama internacional levando o crédito pelo seu trabalho. No final dos anos 1950 e início dos 1960, o pintor Walter Keane alcança um sucesso além do que imaginava, revolucionando a comercialização da arte popular com suas pinturas enigmáticas de crianças abandonadas com grandes olhos. A verdade bizarra e chocante seria eventualmente descoberta: os trabalhos de Walter não eram criados por ele, mas por sua mulher, Margaret.


7. The Punk Singer (2013)
Creditada como um dos fundadoras da terceira onda do feminismo e riot grrrl - Kathleen Hanna tem sido um ativista radical, musicista e ícone cultural há mais de vinte anos. A cantora Punk combina vinte anos de imagens de arquivo e um olhar íntimo em quatro temporadas consecutivas da sua vida, para contar a história do que aconteceu, e o que ela é agora.


8. Persepolis (2007)
Apesar de ser uma animação, Persepolis foi baseado no romance gráfico autobiográfico de Marjane Satrapi. Sua trama começa pouco antes da Revolução Iraniana, quando Marjane atinge a adolescência, e acaba quando ela é uma expatriada de 22 anos.
Marjane é uma romancista gráfica, ilustradora e escritora infanto-juvenil franco-iraniana. Ficou conhecida como a primeira iraniana a escrever história em quadrinhos.

~
Veja aqui a segunda parte!

p.s.: esse é o 300º post do blog!
p.s.: (arte por Gloria Park)

6 de março de 2017

O Segredo Além do Jardim (Over The Garden Wall).


Quem ainda não viu O Segredo Além do Jardim  (Over The Garden Wall), feito por Patrick McHale para o Cartoon Network? Se trata de uma minissérie de apenas dez episódios, centrada em dois irmãos, Wirt, o mais velho e de chapéu vermelho, e Greg, o mais novo com um bule na cabeça, que se perdem em uma floresta sombria chamada Unknown (O Desconhecido), na época do Halloween, e precisam encontrar o caminho de volta para casa.
Ao longo do caminho, eles encontram Beatrice, uma menina que teve sua família amaldiçoada e transformada em pássaro, e o sapo de estimação que não tem nome definido.
Eles conseguem ajuda do Lenhador, um idoso assustador que teme O Desconhecido. E não é por menos, à espreita nas sombras está a Fera, uma criatura que procura incessantemente por almas perdidas.


O episódio piloto, chamado "Grimório do Desconhecido" (pode assistir aqui, tem só 10 minutinhos), foi lançado em 2013, mas a série de dez episódios (pode assistir aqui, cada episódio tem 11 a 12 minutos) só foi ao ar um ano depois, em novembro de 2014. No Brasil, chegou no meio de 2015, no Cartoon Network.
Eu assisti junto com o lançamento mundial, pois vi legendado mesmo, na época a Noitosfera (sdds) estava legendando os episódios.

A minissérie tem um enredo melancólico, apesar de apresentar elementos de comédia. O Segredo Além do Jardim traz muitas lições, além de melodias lindíssimas. É uma animação para todas as idades.


Esse desenho deixou uma impressão muito forte em mim, achei bem profundo. As músicas tocaram em mim, a atmosfera sombria também me emocionou. E as lições de cada episódio são muito interessantes. Eu queria que todo mundo assistisse. Fiz minha irmã terminar em um dia!





~


Esse é um desenho que fiz huahua sobre Over The Garden Wall, uma versão mais sombria dos meninos, com a Fera atrás ❤ .

4 de março de 2017

As coisas não me satisfazem mais.

(ilustra de Adams Carvalho)

O que fazer quando as coisas que te deixavam feliz já não a satisfaz? Eu venho pensando em como calar as vozes da minha cabeça. Elas voltaram e não me deixam em paz. Não importa o que estou fazendo ou criando. Elas não calam a boca.
Assistir a filmes, ver doramas, animes, seriados. Ler livros e mangás. Desenhar e pintar. Ouvir músicas. Conversar com pessoas queridas. Observar o céu e procurar formas conhecidas nas nuvens, admirar o céu rosado no fim de tarde. Escrever. Nada disso me satisfaz mais como antes.
Eu me pego parada na mesma página do livro por mais de cinco minutos, olhando para as letras pretas na folha branca, sem saber o que está escrito, pois minha mente está à quilômetros de distância. 
Meu bote salva-vidas furou de tanto esforço na água para eu não afundar, o que fazer?

2 de março de 2017

Memory Jar: Fevereiro ❤.


Memory Jar do segundo mês! Nem acredito que tantas coisas aconteceram e fevereiro já acabou huahua
Quem quiser ver o apanhado de janeiro, clique aqui, ele foi lido por 410 pessoas, nem dá para acreditar que esse tanto de gente leu sobre a minha vida ridícula huahua.

"Eu resolvi fazer um apanhado de coisas legais que aconteceram e vão acontecer em 2017, e dividi por mês. É uma forma diferente de fazer o Memory Jar (um projeto que consiste em anotar todas as coisas boas que aconteceram no ano, colocar num pote, e abri-lo em dezembro), é uma maneira de me lembrar que cada mês valeu a pena, e mostrar ao meu eu do futuro que muitas coisas boas aconteceram.
Não sei se alguém lerá esse tipo de post, porém estou pensando mais em mim mesma e no que sentirei quando chegar o final do ano."

△ o que desenhei △

Em fevereiro, fiz 12 desenhos, bem mais do que em janeiro *-* e mais do que nunca usei muuuito amarelo, rosa e roxo huuahua, começando a enjoar dessa paleta de cores.
Um pouco sobre cada desenho seguindo a ordem:

- Eu sou uma bagunça: eu tenho vários surtos internos, e diversas frases autodepreciativas surgem na minha cabeça. Desenhar é uma forma de tentar tirá-las de mim.
- Quando estou triste: fiz esse para o Renan ❤ que tem sido muuuito meu amigo. Ele apareceu em um momento que eu precisava muito! Perto dele, consigo me abrir e agir como eu mesma, pois ele não me julga.
- Você parece uma obra de arte: era para ser fofinho, mas particularmente gostei de desenhar uma raba hauha
- Eu fiquei quase 3 dias sem falar com você: esse foi por causa do Brunno e seus chiliques ¬¬
- Se eu fosse um gato: realmente acredito que tudo seria mais fácil se eu fosse um gatinho doméstico.
- Se eu pudesse te dar algo: desenhei para o Brunno saber que ele não é um lixinho.
- A minha mente é tão cheia: sinto que muitas vezes vou sufocar por dentro com meus próprios gritos interiores.
- Obrigada por me aturar: esse foi para o Vitus por causa dos meus vacilos huahua.


- Não suma: esse foi para o Brunno, quando ele quase foi internado gravemente.
- Você é agora apenas: no grupo Selfless das Minas, criei um tópico pedindo rostos para referência, então nesse usei o rosto da Júlia Nbl, a frase não foi para ela.
- Assim que a gente se beijou: esse foi para a Ana, e só o Renan conseguiu me aguentar huahua.
- Você age como se não me conhecesse: esse desenho foi destinado às pessoas que estão ignorando a minha existência por motivos que eu nem sei quais são, beijos.

Olha minha pagininha aquiii.

△ o que li △

A minha leitura de fevereiro foi menos rica do que a de janeiro. Eu li mais livros "bobos" do que livros que me acrescentaram alguma influência. Não fiz lista de leitura para esse ano, então me sinto um pouco perdida e sem meta do que ler.

Sangue e Ouro (As Crônicas Vampirescas #08), de Anne Rice: ★★★★ para quem me conhece, esse ano decidi terminar de ler as crônicas vampirescas, e já estou no oitavo volume. Esse livro é centrado na vida de Marius de Romanus, como ele virou um vampiro na época do Império Romano, e o encontro dele nos dias de hoje com outro antigo vampiro nórdico. Eu gosto bastante do Marius, ele carregou sempre um grande fardo cuidando de Akasha e Enkil, mas eu esperava muito mais da história dele, queria um envolvimento maior, como teve em O Vampiro Armand (volume 6).
Eleanor e Park, de Rainbow Rowell: ★★★★★ achei esse livro em um post do Luccas, e posso dizer que me tocou bastante. Se trata de um YA, que conta a história de dois adolescentes, que acabam se conhecendo no ônibus escolar, e se apaixonam, apesar de serem totalmente diferentes. O livro foca mais na vida de Eleanor, suas inseguranças e a família conturbada. Confesso que o livro foi um pouco "gatilho" para mim, por motivos que prefiro esconder, então foi um desafio ler algumas partes, pois me lembrou certas coisas do meu passado.
Uma coisa maravilhosa: Park cita o livro "O Senhor das Moscas", de William Golding.
- Ninguém vira adulto de verdade, de Sarah Andersen:  ★★★★★ peguei emprestado do Raphael e amei, já tinha visto a maioria das tirinhas pela internet, pois sigo a Sarah no facebook. Ela resume a minha vida huahua tristeza.
- Apenas um garoto, de Bill Konigsberg: ★★★ encontrei esse livro online, e precisava de um livro "leve" para ler depois de Sangue e Ouro. Terminei a leitura em dois dias. É sobre um adolescente gay, que vai para um internato para meninos em outro estado, afim de viver uma vida "normal", sem o esteriótipo de "garoto gay" que ele tinha em sua cidade. Ele acaba se apaixonando pelo seu amigo hétero e o disfarce vai se ruindo. Eu esperava que tivesse alguma lição nessa história, mas a história estava rasa, e quando chegou no final, eu berrei: "UÉ, JÁ ACABOU?? Ã?", o livro acabou sendo leve demais huaha. Uma coisa maravilhosa: no quarto do Ben (o amigo hétero) tem o exemplar "Folhas de Relva" de Walt Whitman ❤.


△ o que assisti △

Mês passado só vi doramas, mas dessa vez consegui acrescentar filmes e animações à minha listinha!

- The Punk Singer (2013) ★★★★ eu estava para ver esse documentário há um tempão, achei online e legendado no youtube. Assisti com a minha irmã. Ele fala sobre a ativista, musicista e fundadora do riot grrrl, Kathleen Hanna, também cantora da banda Bikini Kill e Le Tigre. Eu amo Bikini Kill, e achei que é um ótimo documentário para quem se interessa pelo surgimento da terceira onda do feminismo.
Hotarubi no Mori e (2011) ★★★★★ Fala sobre uma menina pequena chamada Hotaru, que visita o tio todo verão, perto da casa dele há uma floresta cheia de espíritos, e um dia ela se perde por lá. Quem a encontra é um rapaz que usa uma máscara de raposa, ele se apresenta como espírito, e avisa que se for tocado por um humano, ele desaparecerá. A animação japonesa foca na amizade entre os dois, que se encontram a cada verão, acompanhando o crescimento e amadurecimento dela, enquanto ele permanece imutável. É um filme de sensibilidade enorme, eu chorei com ele e minha irmã também!
Foi escrito pelo mesmo diretor de Durarara!!, Takahiro Omori.
5 Cm Per Second (2007) ★★★★ essa animação japonesa foi feita pelo Makoto Shinkai, e recomendada para mim pelo Elvas, outro fã de mangás e animes ❤. É dividida em três capítulos interligados, focando nos amigos Tono Takaki e Shinohara Akari, e nos desencontros de ambos, duas pessoas que se mudam frequentemente, e lutam para continuar em contato, apesar da distância e do tempo. É muito conceitual, muito lindo, dá vontade de viver nas paisagens e nos sons. 
Der Himmel über Berlin (1987) ★★★★★ recomendado pelo Brunno ❤. É um filme alemão em preto e branco, ambientado em Berlim pós-guerra. Conta sobre dois anjos que observam os humanos em seus diversos detalhes, lendo seus pensamentos e confortando-os de sua tristezas. O mundo deles é em preto e branco, e anotam num caderninho o que viram para compartilhar um com o outro. Até que um dos anjos se apaixona por uma trapezista, o que acaba sendo o estopim para querer virar um humano, já que esse desejo era vivo em seu coração por bastante tempo. É um filme poético demais, e com reflexões belíssimas. Quote do filme: “A vida sob o sol não é apenas um sonho? Aquilo que vejo, ouço e cheiro não é apenas a aparência de um mundo antes do mundo?
Não é possível eu, que sou eu, não o ter sido antes de ser, e de repente o eu que sou deixar de ser aquele que sou?"
Em nada se compara com o plágio norte-americano meio-bosta, feito onze anos depois - Cidade dos Anjos.
- She Was Pretty (2015) ★★★★ é um dorama de 16 episódios, sobre Kim Hye-Jin, uma moça que era linda na infância, mas que ao embarcar para a vida adulta, sua aparência mudou bruscamente, além de aos trinta anos ainda morar com sua amiga de infância, e trabalhar em empregos de meio-período. Certo dia, recebe uma ligação de Sung-Joon, seu primeiro amor e amigo da escola, dizendo que ele voltou à Coréia e quer vê-la. Ao reconhecê-lo de longe, Kim Hye-Jin fica envergonhada com a aparência e situação atual, e pede que sua amiga Min Ha-Ri finja que é ela. Mas as coisas ficam complicadas, pois Kim Hye-Jin acaba arranjando um emprego no mesmo local que Sung-Joon.
Eu pensei que seria mais um dorama clichê, a sinopse e a capa indicavam isso. Eu esperava ver algo superficial, para assistir quando não quisesse pensar muito, mas me deparei com um dorama bastante interessante. Os personagens tem profundidade, e a trama desperta diversas emoções, além de mostrar que a Kim Hye-Jin não precisa se transformar numa Cinderela para ter um final feliz!
P.S.: Choi Siwon, integrante do grupo de K-pop sul-coreano, Super Junior, interpreta o divertido e amável Repórter Kim ❤.
- Resident Evil 6 (2017) ★★★ fui ao cinema com a Bia e vi esse filme. Muita gente odeia essa franquia, justamente por não ter nada a ver com os jogo. Eu vi o primeiro quando era pequena e gostei, e não deixei de acompanhar a sequência. A qualidade da história foi decaindo e muita linguiça foi preenchida. Não foi um dez, mas fico feliz que tenha visto o final.
- Contágio Letal (2013) ★ esse filme foi um erro huahua aposto que a Bia e a Camila concordam com isso. A sinopse dizia que parecia terror, mas foi bem confuso, na verdade, e as cenas em que ela sangra pela vagina foram bem nojentas huahua.
- O Chamado 3 (2017) ★★★ eu vi esse filme no cinema com o Jorge. Queria assistir assim que foi lançado, pois amo a Samara desde o primeiro da sequência, que vi quando ainda era criança.
O terceiro filme não chega nem aos pés do início, e o suspense não é lá essas coisas, mas pelo menos conseguiu preencher várias lacunas da história dela.
- WINGS (2016) ★★★★ É um curta-metragem musical composto por sete partes, cantado e atuado pelos membros do grupo sul-coreano BangTan Boys (BTS). Eu achei incrível a fotografia e o modo com que foi dirigido, muito artístico. Dá para assistir aquii.
- Drugs (2016) ★★★★★ Não é bem um filme. É um clipe do Eden, com uma história bem densa, e com uma melodia excelente e profunda! Dá para assistir aquii.

△ o que escrevi no blog △

Por coincidência, eu escrevi a mesma quantidade de posts de janeiro huahua eu queria ter me programado melhor, por isso, já programei vários posts para março ❤.

- Vendo Doramas: Age of Youth e WF Kim Bok Joo! (584 visualizações até agora).
- Quando finalmente conheci meu melhor amigo (484 visualizações até agora).
- 4 moradores novos na minha estante! (224 visualizações até agora).
- 500km de distância de você (503 visualizações até agora).
- Piercings que eu quero ter! (361 visualizações até agora).
- Lambendo A Cidade - Como Fazer Lambe-Lambes (476 visualizações até agora).
- Quando contei à minha mãe que eu também gosto de garotas (2219 visualizações até agora).

△ o que me aconteceu △

- Eu e minha irmã conseguimos vaga em um curso para aprender a falar coreano ❤ daebak!
- Minha página de desenhos chegou aos 30mil curtidores!
- Eu saí e me diverti com pessoas que realmente gostam da minha presença.
- Conheci o WTF BangTan, que me rendeu essa preciosa imagem sobre doramas.
- Entrei para o banco de dados das MinasNerds! No guia dos quadrinhos das minas na internet, dá para ler aquiii.
- Descobri um lugar lindo com um jardim no telhado.
- Minha irmã fez 20 anos. Ela sempre esteve ao meu lado em todos os momentos que precisei, me aturou desde sempre, todos os meus chiliques, minhas manias, meus charminhos pedindo cafézinho. É gata, tem bom gosto pra filme, bom gosto pra música, é inteligente, dança igual ao calton comigo, lê a minha mente, termina as minhas frases, conversa comigo só pelo olhar, me ama e é a pessoa mais importante da minha vida.



Espero que março seja melhor ❤!
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