28 de agosto de 2012

Jogos antigos

Quando eu era criança - e falo de 10 anos atrás -, jogava vídeo-game logo após chegar do colégio. Mal tirava o uniforme e mal almoçava direito (era uma colherada a cada pausa), e ficava nisso a tarde toda - tudo bem, eu parava para tomar banho, comer e fazer o dever de casa, mas tudo isso era feito às pressas só para voltar a jogar.
Eu só tinha duas fitas: uma do Star Wars, onde se passava no deserto e o veículo era uma moto (infelizmente não encontrei o download para este, e nem me lembro do nome :'c ); e uma do Diddy Kong Racing.
Quase não aproveitei meu vídeo-game, pois o abestalhado do meu pai vendeu-o! Mas pelo menos consegui baixar há algumas semanas o emulador do meu lindo Nintendo 64.
De qualquer maneira, acabei desenterrando um monte de jogos antigos que eu costumava jogar, um deles é o Heroes of Might and Magic III (apenas Heroes 3, para os mais chegados), que consiste em estratégia de combate, e onde eu sou dona de exércitos de orc's e mortos-vivos.

Eu quando criança jogando diddy kong racing (vão dizer que é montagem :c)

8 de agosto de 2012

Ana Cronismo


Eu me lembro de Ana quando acordo pela manhã, e frequentemente vejo seu rosto encarando-me através de alguma janela, quando pego um táxi para ir ao trabalho. Lembro-me de como a sua risada era bonita, e isso é provavelmente a única coisa da qual eu consigo sonhar, mesmo depois de tantos anos.
Ainda sinto o cheiro de sua pele bronzeada e de seus cabelos curtos que batiam na altura de seu ombro. Recordo-me também do fato de que seu nariz era um pouco maior do que os lábios. E sinto falta de seus pés – Ana amava enterrá-los na areia da praia. Ela também amava música. Ah! Como ela dançava!
Dançava na chuva, no sol, dançava na grama, no meio da rua, em meus pensamentos...
Ainda vejo o nome dela no visor de meu celular quando alguém me liga, e ouço o barulho da televisão ligada quando chego em casa, como se ela estivesse assistindo ao seu programa favorito. Sinto o joelho dela encostar-se ao meu, antes de cair no sono. Em certas ocasiões eu penso que finalmente a esqueci, no entanto sou traído por mim mesmo ao colocar o seu danone preferido no carrinho do supermercado.
Quando acordo pela manhã, lembro-me de Ana e verifico se ela não está no banheiro penteando os cabelos ou escovando os dentes, mas ela nunca está lá. Os mortos não voltam.

2 de agosto de 2012

Tudo e nada.


Sou música sem ouvintes a tocar num disco arranhado,
Sou brisa de outono no início de outro estação,
Sou o copo do leite no tapete derramado,
Sou cílio solto voando em qualquer direção.

Do outro lado do espelho eu sou a careta,
Sou a máquina de escrever sem tinta,
Sou carta esquecida dentro da gaveta,
Sou cálculo de zero vezes trinta.

Sou túmulo sem alma penada,
O mesmo bom-dia de todos os dias,
Riso incontido na hora errada,
Cactos que parecem margaridas.
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