23 de dezembro de 2019

Metas desse ano que vai embora


Na virada de 2019, eu decidi que teria três metas principais. A primeira seria não ter medo de encarar o desconhecido. Me deparei com muitos caminhos desconhecidos e portas misteriosas que me levaram à muitos caminhos. Eu sempre tive medo de coisas novas, principalmente das que eu não teria controle, e esse medo acaba me travando. Senti frio na barriga todas as vezes, algumas corri para bem longe, porém a maioria das encaradas foram bem sucedidas ou pelo menos enfrentadas. 


Tenho dificuldades em fazer amizades por ser tímida. Então minha segunda meta foi conhecer novas pessoas e fazer mais amizades. Principalmente amizades que me inspirem a ser uma pessoa melhor. Até porque conhecer apenas por conhecer não acrescenta em nada.
Assim, no início do ano, eu e meus amigos criamos um grupo no Tinder para chamar gente para os roles, e acabamos criando muitas amizades legais e temos muitas histórias para contar!


A terceira meta foi produzir o dobro de desenhos e textos, pois apenas a arte me salva quando nada mais me resta. Me expressar através da arte me ajuda a lidar com meus demônios interiores, me tira a angústia do peito e diminui as vozes da minha cabeça. Infelizmente, esse ano de 2019 não produzi a quantidade desejada, mas fico feliz que tenha conseguido desenhar bastante até, e participado de vários projetos artísticos.

15 de dezembro de 2019

Prefiro amar como os poetas


Não consigo me atrair pelos amores fracos e baratos. Não sinto prazer em amores de verão, tampouco em amores mornos quase frios. Eu gosto do amor dilacerante, gosto que meu coração ame tanto que chegue a doer, prefiro sentir meu peito explodir de emoção, prefiro amores de livros ultrarromânticos, em que é melhor morrer do que viver sem a pessoa amada. Eu me jogo em amores intensos, em amores que me sufoquem e ao mesmo tempo me deem novos ares para respirar. Sou atraída por amores ligados às artes, prefiro amar como os poetas, prefiro amar como os grandes sabbaths dos deuses pagãos, em que devoram corações ainda pulsando. Sou feliz com os amores que queimam como a lava do vulcão Mauna Loa, sou feliz com os amores que me levam às nuvens e não me deixam cair ao ver a grandeza do sol. Prefiro amores que tenham sabor agridoce, toque apertado, melodia feito samba, cor vibrante, cheiro forte. Quero amores que acordem cantando, recitando poesia, ou beijando meus lábios debaixo da coberta. Quero amores que até no silêncio é possível ouvir nossas conversas telepáticas. Quero amores de olhares intensos. Se não for assim, então não quero.

7 de dezembro de 2019

Uma década de Bruna

(2010)

Foi com a Bruna de 16 anos que comecei esse blog. Já tive outros em diversas plataformas, mas sempre os excluía. Esse foi o único que perdurou. O primeiro texto que escrevi aqui foi Frangos e Lagartos, um diálogo muito esquisito e sem sentido, baseado nas experiências de querer mostrar meus rascunhos de texto para minha irmã e ela responder vagamente.
A Bruna do início da década tinha duas melhores amiga chamadas Andressa e Mariana, e sonhava em ser escritora e publicar um livro. Ela escutava mais Escape The Fate, Avenged Sevenfold, Poets Of The Fall, Emilie Autumn e Blutengel. Ela tinha acabado de ler Os Sofrimentos do Jovem Werther (Goethe), Noite na Taverna (Álvares de Azevedo) e Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley).

(2011)

A Bruna de 2011 tinha 17 anos e escrevia textos para blogs de amigos, descobriu seu curta metragem favorito (Reflections of a Skyline), tinha três heterônimos (Bandini Bourbaki, Amadeo Koening, Arturo Thoreau). Ao mesmo tempo, ela foi obrigada a negar sua sexualidade, a entrar em uma religião super conservadora, jogar fora tudo que fosse "iníquo", teve que tirar seus piercings, pintar seu cabelo de tom "natural", usar roupas longas, terminar um namoro muito bonito com uma garota, foi forçada à ficar sem internet por 1 ano, foi abusada pelo ex-padastro, largou tudo que amava e a fazia feliz.
No finalzinho do ano, se rebelou.
Voltou a ouvir as coisas que amava, embora ainda fosse o inferno em casa.
Ela leu Pergunte ao Pó (John Fante), A Menina do Fim da Rua (Laird Koenig) e Misto-Quente (Charles Bukowski). Ela voltou a ouvir todas as bandas que sempre escutou, e ficou viciada em Yann Tiersen, Sopor Aeternus, The Civil Wars.

(2012)

A Bruna de 18 anos vivia em completo isolamento do mundo exterior, tinha mudado de colégio no último ano do ensino médio e não conhecia ninguém. Escreveu pouco no blog, passava a maior parte do tempo se correspondendo por e-mail com amigos de outros estados. A vida em casa ainda não estava muito boa, mas finalmente a mãe ficou solteira de novo. 
Ela leu os dois primeiros livros da Anne Rice: Entrevista com o Vampiro, e O Vampiro Lestat. Ouvia muito Beirut e passava dias e dias vendo filmes cults. Ouvia muito Snow Patrol.
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