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31 de julho de 2011
30 de julho de 2011
29 de julho de 2011
Encontro com o passado
29 de Julho de 2011
Último dia de julho, uma manhã fatídica, sem cheiro, sem gosto.
George rapidamente terminou de escovar os dentes, guardando a pasta dentro da gaveta de coloração branco-perolizada e saiu do banheiro fechando atrás de si a porta.
Essa era a segunda vez na semana que ele sairia de casa. A primeira foi porque o bendito do novo carteiro ficou com medo de atravessar o quintal por culpa do cachorro (um chiuaua de dois meses de idade) que não parava de latir. Com isso, George teve de caminhar até o portão vestindo apenas um roupão cor de vinho e chinelos gastos. Se não fosse por esse patético motivo, ele teria ficado a semana inteira assistindo aos filmes da locadora, aproveitando os vinte e um dias de folga, mas para a sua infelicidade o convite entregue juntamente com as cartas levava ao compromisso da segunda vez, esta que se mostrou ser um motivo mais perturbador do que a primeira para sair: ele teria um encontro com alguém que nunca havia visto. Ao menos essa seria a primeira e última vez.
George suspirou, a ansiedade crescia dos pés à cabeça. Não era algo que ele desejava. Sabia que aconteceria algum dia, mas para esse tipo de coisa não há como se preparar. Então abotoou o paletó, passou as chaves no trinco da porta e virou-se para a rua.
O céu parecia um quadro de aquarela borrado. Uma bela tarde para beber chá e comer biscoitos de maizena, mas quando chegasse em casa não teria vontade de comer nada. O gosto amargo do encontro contaminaria sua boca por anos, talvez décadas. Mas era preciso ir, era sua única chance, pensou George.
Ao descer o pequeno degrau de dois centímetros, seu sapato fez um barulho, fazendo-o sentir-se constrangido. Não gostava de chamar atenção para si.
Olhou para os lados, não queria que ninguém o visse logo pela manhã, mas já era tarde demais, sua vizinha, uma idosa de avental, cuidava de seu jardim quando olhou e sorriu para George.
O homem, tímido desde o tempo das fraldas limitou-se apenas em abrir a boca num “bom dia” mudo. De cabeça baixa atravessou o portão às pressas e meteu-se num jogo rápido de pisadas, quase correndo.
Ele tinha a sensação de estar fugindo. Sempre o fez em toda a vida, mas agora era diferente, não poderia viajar em cima da hora, nem arranjar um compromisso como desculpa, dessa vez ele realmente tinha de ir. Não havia outra opção na lista.
George passou a palma da mão pelo rosto quando avistou a pequena casa. E quando se deu conta já estava tocando a campainha.
Uma mulher de pernas macilentas camufladas por uma calça cor de creme e de tecido leve abriu a porta e olhou seca para ele. A roupa dela era estranha para um dia de frio e tão cinzento. Os braços nús e pálidos tremiam.
- Você deve ser George – ela disse, e sua voz era demasiada rouca.
- Recebi o convite recentemente – ele respondeu depois de uma pausa – espero não ser tarde demais para vê-lo.
Ela continuava olhando para ele, George nunca soube se expressar do modo correto, mas a mulher não sabia disso, de modo que se ofendeu.
Os dois caminharam até a sala em silêncio, haviam parentes distantes no recinto, todos com rostos cabisbaixos.
George foi conduzido até um canto bem arrumado e enfeitado com lençóis brancos de seda. Ele se perguntava se conseguiria olhar para o corpo dentro do caixão. Respirou fundo e aumentou os passos, até que avistou o rosto velho e enrugado de seu pai. Era a primeira e última vez que via aquelas bochechas murchas e dedos magros. Ele sentiu um calafrio, parecia estar olhando o seu reflexo num espelho. Não seria o próprio George ali deitado morto? Loucura.
Ele se afastou e foi para casa o mais rápido possível, não aceitou nem um suco de uva. A lembrança de um passado frustrado assusta os humanos.
Conheça sites que podem ser úteis!
29 de Julho de 2011
Nos dias de hoje é comum fazer praticamente tudo através da internet: estudar, trabalhar, se comunicar, se divertir. Mas nem sempre encontramos sites úteis! Por isso eu resolvi juntar alguns que conheço!
27 de julho de 2011
Menino da Favela
27 de Julho de 2011
Eu escrevi esse poema ano passado quando estava no 9º ano. A professora de inglês havia pedido para eu escrever algo pra ela apresentar na Feira da Cultura do colégio, eis que surgiu "Menino da Favela".
Menino da Favela
Eu não sei escrever,
Não sei ler,
Por isso eu rimo,
Correndo descalço pelos becos,
Machucando os meus dedos
Esperando ser ouvido:
Você sabe o que é "Stop Motion"?!
27 de Julho de 2011
Você já deve ter ouvido falar dessa técnica de animação. Se não ouviu, ao menos viu e não sabia do que se tratava. Quem assistiu filmes como "A Noiva Cadáver", "O Estranho Mundo de Jack e "A Fuga das Galinhas", apenas para citar, tem uma ideia do que eu estou falando.
Essa inovação já alcançou tanto amadores quanto estúdios de cinema. E você pode fazer um vídeo com a técnica Stop Motion!
26 de julho de 2011
26 de Julho de 2011
Essa eu fiz pra Franci. Ela me pediu um texto, mas eu acabei fazendo uma tirinha
25 de julho de 2011
23 de julho de 2011
Todas as manhãs
23 de Julho de 2011
Eu acordei por volta das nove da manhã e notei que Dora não estava na cama. Levantei-me atônito, “onde ela está?!”.
Então
saí da cama e andei até a sala, e foi quando eu a vi sentada toda
encolhida no sofá com uma caixa de fotos repousando sobre o colo.
- De novo? - eu perguntei sorrindo e encostando-me na parede.
- Sim – Dora respondeu e tirou as outras caixas do sofá, dando-me espaço.
Eu me sentei ao seu lado e pude ver que eram as fotos de nossa filha quando pequena.
Eu me sentei ao seu lado e pude ver que eram as fotos de nossa filha quando pequena.
- Você faz isso todas as manhãs, sente tanta falta assim? - perguntei.
-
Eu nem poderia sentir falta. Angélica mora aqui ao lado... Isso é
apenas um hobbie... Todo mundo tem um, não é? Então, o meu é ver as
fotos de quando nossa filha era pequena.
- Hummm... - eu afirmei com a cabeça.
Então era isso...
De
fato, eu fiquei pensando, “qual será o meu hobbie?”, e fiquei na espera
de Dora me perguntar... Porém, ela nunca me perguntou... Mas se ela
perguntasse, eu responderia: “meu hobbie é acordar e sentir o corpo de
minha esposa num abraço”...
21 de julho de 2011
Conheça melhor o Mario Bros.!
21 de Julho de 2011
Quem nunca conheceu esse jogo tão famoso que desde os anos 80 até os dias de hoje é procurado por quem ama vídeo games? Mas será que você já parou para pensar na história desse encanador?
Bem, Mario Bros. foi criado pela Nintendo como um jogo de fliperama no início da década de oitenta, mais tarde o jogo foi lançado para consoles, possibilitando as pessoas de jogar em suas próprias casas. Dessa forma o personagem ganhou uma série de jogos solo, ou seja, Mario deixou de fazer parte da série Donkey Kong, e ganhando também mais companheiros: seu irmão, a princesa, e sem falar dos novos inimigos.
16 de julho de 2011
11 de julho de 2011
Aproveite suas férias mesmo no frio!
As minhas férias do meio do ano são sempre frias e chuvosas, o tempo ideal para cair na cama e não levantar durante o dia inteiro. E quando percebo, acabei passando todas as minhas férias dormindo e mexendo no computador. Então há poucas semanas olhei algumas dicas de como passar esses dias tão esperados, mas a maioria fala sobre praias e viagens. Bem, se eu me aproximar da praia vou ficar congelada de frio, e viajar muito menos. Desse modo, aqui vão algumas dicas para aquelas pessoas que preferem ficar quietas em casa ou num lugar calmo, e que não estão tendo férias ensolaradas.
A primeira dica só poderia ser essa: dormir o quanto quiser, se possível! Afinal esperamos a bendita das férias porque queremos um descanso!
Então durma o máximo de tempo que puder! Ainda mais nesse frio que nos deixa com mais vontade de capotar entre o edredom e os travesseiros. Apenas não exagere, assim você acaba perdendo o dia.
9 de julho de 2011
Chamada do Apartamento 107
Quem deveria ser do outro lado da linha pedindo socorro? Seria tarde demais? Chamaria uma ambulância?
O inspetor desviou os olhos ao aparelho para saber de que apartamento vinha o pedido. E assustado arregalou as órbitas. Não podia ser!
Discou novamente o número. Mas a secretária eletrônica disse que era um número inexistente, de fato, havia sido cancelado há dois anos quando Seu Eliseu ainda morava no apartamento 107.
O inspetor coçou os olhos e pegou o relógio. Era tarde da noite.
Talvez estivesse com sono. Riu de si mesmo. Reencostou-se na cadeira, mas o telefone voltou a tocar.
- Alô? - atendeu trêmulo.
- Por favor, venha depressa... - a mesma voz de antes.
- Espere, não desligue!
- tu...tu...tu – o telefonema caiu.
O inspetor engoliu seco, mas decidiu subir.
Já próximo à porta do apartamento 107 ele ouviu passos. Arrepiou-se. Ninguém entrava lá há dois anos. Pegou as chaves e destrancou com as mãos trêmulas.
Só deu tempo de ver sombras movimentando-se pelos cantos das paredes quando vozes surgiram com rapidez.
- Corre, corre!
Da luz que vinha da janela quebrada deu pra ver os moleques do condomínio vizinho rindo e correndo para sair do apartamento pelo telhado. O inspetor se sentiu um idiota.