16 de agosto de 2011
Livros de romance estão me depreciando. Descobri isso hoje ao ficar de madrugada lendo "O Garoto da Casa ao Lado", e ter chegado em casa correndo para terminar de lê-lo, e perceber no final que meus olhos estavam aguados (ao menos o final é feliz) só por causa de uma histórinha boba. Diferente de "Os Sofrimentos do Jovem Werther", que me matou de lágrimas.
O caso é que os livros influenciam a vida das pessoas, e implantam pensamentos e sensações que antes mal existiam. É preciso se lembrar que são apenas histórias, e que muito raro (bem raro, coisa infinitesimal) você vai encontrar alguém idêntico ao personagem mais lindo. Porque embora os livros se pareçam com a realidade, sabemos que a realidade não se parece com as histórias dos livros. É preciso dividir, coisa que é complicada quando se devora quinhentos livros em apenas uma semana. Nós ficamos entupidos de palavras, de vírgulas e de sentimentos, mas não adianta sonhar se não há um papel para arremessar o que nos transborda.
É por isso que eu fiz uma escolha: prefiro ficar sozinha do que magoar alguém tentando transformá-la num John Trent.